Não é a primeira vez que me ligas, e pedes que te faça um favor, hoje foi mais uma vez, ir ao computador ver a hora do autocarro que precisas de apanhar.
Não é assim tão estranho, mas será que o teu irmão, os teus pais, um primo qualquer, ou um amigo, ninguém te ocorre a não ser eu (?), para pedires. Alguém com quem fales regularmente, bem mais vezes do que comigo.
Depois de tudo, eu considero-te meu amigo, mas não aquele amigo a quem peço esse tipo de coisas, isso pede-se aos amigos com quem se fala quase todos os dias, senão todos.
O mais engraçado é que não és um amigo, és o meu ex, o meu primeiro namorado, e na verdade, na teoria, o único.
Acho do melhor, continuarmos a falar assim, como já tantas vezes falamos. Não perdermos o contacto, foi sempre e é o que mais aprecio. A sério que sim, tens demasiada importância para simplesmente deixar de ter a mínima noção do que se passa na tua vida, contigo. Aliás, até sinto vontade, ás vezes, de te contar o que se passa comigo.
Tudo isto é natural para mim, simplesmente, hoje dei conta que ainda abano por ouvir a tua voz, não quero dizer com isto que ainda te amo, de longe, não é isso. Não fico nervosa, pois sinto-me à vontade, mas o meu coração ainda acelera, ainda existe pelo menos uma borboleta que bate asas dentro de mim.
E não é só isso, sinto também que uma parte de mim tem uma espécie de medo, que encontres alguém, por quem te apaixones de verdade, e eu deixe de ser a rapariga de quem mais gostaste. Sinto-te meu, e não sei se algum dia vou deixar de sentir.
Não sei o que isso significa ao certo, mas é bom. Talvez se deva por seres tão especial para mim, na minha vida. E acabo por ficar feliz por ver que te lembras de mim, não é que eu não saiba que também me consideras muito especial, mas sei lá, ter a confirmação só por te ouvir, sabe sempre bem.
*beijinho como cobrança*
Novamente sozinha, já tinha saudades de estar só comigo, se é que percebem. E isto, porque desde que a minha prima veio e depois foi-se embora e fui logo para o algarave, que não estava no meu quarto, a ouvir musica, a ler, ou simplesmente deitada sem que ninguém me chama-se ou entra-se para ficar. Sabe bem.
Cheguei ontem do Algarve, ou melhor, hoje ao inicio da noite.
Vim com a Catherine e os pais dela, pois quando na quarta me encontrei com ela em Portimão, ela veio dormir uma noite à minha casa, e os pais foram lá passar o dia a seguir, naquela zona. E eu depois foi com ela para a casa dela, ficando de voltar com eles. Ela estava em Alvor, aquilo é giro, não e muito diferente de Lagos, é um pouco mais pequeno e menos movimentado à noite, não deixando assim de o ser.
Entretanto, acabei de ler O Diário de Anne Franke e vi o filme, A mulher do viajante do tempo.
Em relação ao livro, não é uma historia em que estamos desejosos de saber o fim, pois todos já sabemos qual é. Contudo recomendo, pois mesmo estando numa situação tão má, e pela qual nenhum de nós imagina passar, Anne é apenas uma adolescente, com a qual nos podemos identificar.
O filme é diferente, e agradável de ver, é até o tipo de filme que eu gosto.
*beijinhos*
Ontem acabei de ler o Baunilha e Chocolate, de Sveva Casati Modignani.
Gostei imenso, achei que era bastante realista, não era algo que só acontece em filmes, novelas e livros bonitos.
" (...) Na cabine com Andrea, Penelope libertou-se da camisa encharcada e envolveu-se num roupão de felpa.
- És muito bonita. Há vinte anos não me deixaste ver-te nua - brincou Andrea. Penelope sorriu-lhe e saiu da cabina.
Dirigiram-se para o bar e ela disse: - Há vinte anos não tínhamos tido três filhos os dois. Depois, em voz baixa, acrescentou: - Agora vem aí um quarto.
O marido segurou-a por um braço, obrigou-a a virar-se e olhou-a com uma expressão de felicidade absoluta.
- Estás grávida?
Ela confirmou.
- E só agora é que me dizes isso? - exclamou com uma gargalhada cheia de alegria que, de repente, se extinguiu. Largou-lhe o braço e perguntou: - Quem é o pai?
Penelope calou-se. Dirigiu o olhar para a cintilante extensão do mãe e sussurrou: - Não sei.
Andrea não reagiu. Sabia que a mulher estava a dizer a verdade.
Ela baixou os olhos e encostou-se a uma mesa. Sentou-se, apertando no peito o roupão de felpa. Levantou o rosto. O marido inclinou-se sobre ela e pousou os lábios nos cabelos molhados. Pôs-lhe o braço à volta dos ombros e apertou-a contra si.
- Este filho é meu, porque te amo - disse.
Ficaram assim, abraçados, a olhar o céu límpido daquela esplêndida manhã de Junho. (...) "
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Fui hoje à minha futura escola, depois de acordar com um telefonema vindo da mesma, para me avisar que consegui vaga. Era a minha primeira opção de escola, e curso, até porque só coloquei um na pré-matrícula. Também ficaram algumas pessoas da minha turma e escola, pelo que sei. Só falta ver se o mesmo acontece com as turmas.
A escola, pelo menos em termos de aspecto, é bem mais bonita que a minha antiga. Foi renovada à pouco tempo, visto que já tem uma certa idade, sendo que a minha mãe andou lá e ainda reconheceu algumas funcionárias.
Entrei lá e pensei: "o que será que me espera aqui?, o que terei para recordar quando daqui sair?, com certeza não será melhor do que já passei, mas se for tão bom, serei também aqui feliz.".
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Hoje tive uma recaída, culpa do tédio que me fez passar a médica da minha mãe, ao recebe-la às 20h00, quando a consulta era às 17h30, e para além disso a consulta teve duração de uma hora.
Numa sala de espera, cheia de gente calada, mandei-te uma mensagem, à primeira pensei que nem respondias, mas respondeste muito vagamente, contudo isso explicou-se com o facto de não saberes quem eu era, mudaste de móvel, e depois de o saberes já foste simpático.
É sempre bom saber que já entraste realmente no "Chapitô" (Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo do Chapitô).
Eu, contra toda a mentalidade deste mundo, acho que fizeste o melhor para ti, é um sonho, lutas por ele, bem como por tudo o que queres. Nunca tinha conhecido ninguém assim, porque verdade seja dita, tu és confiante, acreditas em ti, e isso pelo que vejo faz-te conseguir sempre o que desejas.
Tens talento, pelo menos esta é a opinião de alguém que não sabe nada em concreto sobre essas artes, e para além disso é a opinião de alguém que te admira sabe-se lá porque.
Boa sorte, meu gato, arco-íris da minha vida.
*beijinhos e e muitos palhacinhos*
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