Acabei ontem à noite, com a minha súbita falta de sono, de ler o Procuro-te, de Lesley Pearse. Confesso que ao inicio, achei que séria uma história previsível, um pouco comum, mas para minha surpresa, surpreendeu-me bastante no fim.
É um bom livro, com partes um pouco sérias (dramáticas), recomendo :)
"(...)
Olhou de relance para Joel e pensou se ele sentiria o mesmo porque estava simplesmente ali, encostado à parede, a observá-la a fazer o molho de carne com uma expressão distante nos olhos.
- Que foi? - perguntou ela.
- O pai continua incógnito - disse ele de súbito. - Estás a pensar em ir à procura dele?
Ela sabia que ele estava provavelmente a brincar. Uma brincadeira de mau gosto, dadas as circunstâncias, mas imaginou que só estava apenas a tentar aligeirar o momento.
- Não - respondeu, batendo ruidosamente com o pé no chão. - Já sei que ainda sou uma inconstante mas não sou louca. Saber que herdei dele o meu talento para a acrobacia já me chega. Não quero saber mais nada.
- Desiludiste-me - disse ele, com seriedade fingida. - Sempre pensei que eras a rapariga mais curiosa que alguma vez conheci.
- Estou curada - disse ela. - Renasci com uma falta de curiosidade completa.
- Já estava à espera que dissesses isso - disse ele com um sorriso. - Não queres então saber o que tenho aqui no bolso? - Deu uma palmadinha tentadora na anca.
- Não - disse ela, mas os seus olhos estavam a brilhar. - Não me consegues convencer a perguntar.
Aproximou-se dele e começou a beijá-lo até ele a abraçar com força. Lentamente, sem ele dar conta, Daisy baixou a mão para o bolso dele e percebeu, pelo volume duro e curvo em cima, que era uma pequena caixa de joalharia. Enfiou a mão, agarrou nela e retirou-a, afastando-se dele e correndo para a sala de estar.
Joel correu atrás dela. - Agarra que é gatuno! - gritou ele a plenos pulmões.
Rindo, Daisy abriu a caixa. Como estava mais ou menos à espera, era um anel de noivado, um único diamante rodeado de minúsculas safiras. - Oh, Joel - disse ela, emocionada. - Que coisa mais maravilhosa, antiquada e romântica. Mas não devias tê-lo comprado! Devíamos poupar o nosso dinheiro para nos casarmos.
Joel tirou-lhe o anel e enfiou-lho no dedo. Servia na perfeição. - Estás a ver como eu dava um excelente detective - disse ele, cheio de auto-satisfação. - Até descobri o tamanho do teu dedo sem saberes! E não posso alardear que vais casar comigo sem uma prova de intenção no teu dedo.
- Como é que descobriste o tamanho do dedo? - perguntou ela.
- Disseste que tinhas renascido sem curiosidade.
Ela ouviu o ruído do carro do pai lá fora na rua.
- Menti - disse ela - Mas ainda assim não vou querer desencantar o meu pai trapezista. O único pai que quero e de quem preciso está a entrar neste momento para almoçar."
*beijinhos*
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