Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2010

Reino encantadO

 

Infelizmente não chove só lá fora, os trovões mais estrondosos são de uma tempestade mais violenta, que vem de dentro de mim, lá bem de dentro, de onde também veio o sol mais quente e luminoso, que eu já senti em toda a minha existência. É a essa tempestade que eu assisto sem fazer nada, é essa chuva que em encharca ao ponto de me deixar doente, é isso que me faz mal, é disso que eu não gosto, e é por isso e disso que não me protejo com um belo guarda-chuva.

A chuva que vejo na janela não me afecta, pois mesmo com a sua presença já me senti protegida e amada, mais do que nunca, de uma maneira única e que só eu sei.

É uma daquelas tempestades que vêm sem avisar, não a consigo controlar, sinto-me inútil e impotente, chateio-me comigo mesma e chego a odiar-me por instantes.

Só eu sou alvo das suas consequências, estragos que estes ventos velozes e sombrios provocam. Tudo isto é apenas sentido por mim, pois habita dentro do meu peito e de lá nunca sairá, apenas irá abrandar e passar, tal como acontece, a pesar de tudo, em certos momentos, o sol aparece tímido e passageiro, mas prometedor, por entre a nuvens e o céu nublado, por breves segundos abre-se luz, luz que vai e se deixa tapar por uma mancha cinzenta. Contudo este sol, com as suas escassas e curtas visitas, consegue ser suficiente para me fazer acreditar que um dia vai vir o sol, vai vir para ficar, vai nascer de novo, só para mim, só para nós, para radiar o nosso reino encantado, onde existem imensas flores e árvores de fruto, onde nunca houveram ervas daninhas e maçãs envenenadas, onde todo o ar é puro e perfumado pelos aromas da natureza. Onde tudo tem cor e todos se cumprimentam com um sorriso, seguido dos bons dias. Onde só existem sonhos e as crianças não conhecem a palavra pesadelo. Onde não existe ódio, insegurança e desilusão, onde transborda a sinceridade, coragem e harmonia. Onde a vida é perfeita e não tem fim, sendo que lá tu e eu somos perfeitos, o suficiente para vivermos eternamente apenas um para o outro. 

 

É só aí, e apenas nesse lugar, que me sinto em casa, pertenço a esse mundo, é esse o meu mundo, onde tudo acaba com um "Viveram felizes para sempre", tal como nos contos de fadas que eu ouvira em criança.

Essa malvada tempestade apoderou-se do nosso reino, mas quando a tempestade passar, podes ter a certeza, nós seremos assim, felizes para todo o sempre.


 

*beijinhos e bons sonhos*

 

 

 

música: Dig - Incubus
sinto-me: no meio da tempestade
cozinhado por Maria às 00:18
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De Catherine a 25 de Fevereiro de 2010 às 21:22
lindo. :')
o di. tem que abrir os olhos. e, já agora (e se possível), passar a ir mais vezes à nossa escola em horários compatíveis com o teu. isso é que era um mimo.
beijinhos <33


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