Sinto-me a nadar contra a corrente, forte, cada vez mais forte, ou simplesmente difícil de enfrentar por não saber como serei recebi à chegada. Não conheço o destino, vejo-o apenas de longe, belo e fascinante, desejável, mais do que qualquer coisa que eu já tenha visto.
Imagino um lugar familiar, acolhedor, um lugar meu, para mim. Contudo, mais do que tudo isso, existe esta forte corrente, que tenho de combater sozinha, por mim e por ti, por nós, sem saber se é o teu desejo, sem saber se o queres tanto como eu.
Por vezes penso mesmo que não, que não o queres, não queres nada disto, mas não o dizes, nem sim nem não, nem para a frente nem para trás, e eu por vezes penso que será melhor desistir. Mas tu já me mostras-te imagens e postais desse tal lugar, em direcção ao qual nado, já me mostraste para me tentar, para me fazer acreditar que se eu lá chegasse seria nosso, estarias à minha espera, e agora nada, não fazes com que eu consiga chegar, esqueces-te, esqueces-te de muito mais do que devias.
Não sei o que fazer, a cada onda que passa a minha ideia muda, a cada corrente eu torno-me mais forte, mas com menos motivação. Ao mesmo tempo que cada vez mais acho que não vale a pena, acho que não posso deixar de tentar, disso nunca me irei arrepender, de não ter tentado, de não ter dado o que podia e não podia, o que tinha e não tinha, mais do que alguma vez pensei dar e por isso já cheguei mais longe do que alguma vez sonhei chegar contigo.
Gosto de ti, e tudo o que mais quero agora e poder-te dizer isso, deixa-me dizer-te.
*beijinhos*
Sempre te achei inalcançável, algo que só estaria à minha altura nos meus sonhos, em pensamento; algo muito distante da minha realidade, fora do meu mundo; eras demasiado, eras mais do que eu achava que devia ter.
Uma ideia completamente absurda na verdade, não é que tenha passado, mas que não faz sentido não faz. Não porque agora talvez já faça parte da tua vida, nem que seja muito levemente, mas sim porque não és superior, és uma pessoa normal, como tantas outras, como eu. Mas a verdade é que eu sentia e ainda sinto isso, sinto-te mais à frente, outro nível de jogo que não o que eu jogo, enfim.
Só te quero dizer que não espero muito, não faço planos, quero-te assim como és, com o que tens para dar, o mais natural de ti, o teu mais tu, seja pouco ou muito, desde que seja, desde que não acabe, desde que me queiras a mim também, como eu sou, o meu mais eu.
Penso que isto é uma espécie de saudade, tenho imensa vontade de te ver, preciso de estar contigo, sentir-te ao meu lado, ver-te sorrir na minha direcção, para mim, comigo. Para me sentir segura, para acreditar que é verdade, para deixar de ter este medo, medo que tudo passe, medo que venha um vento e te leve. Não é que não acredite no que dizes, mas na verdade tu és complicado de entender, baralhas-me, sempre o fizeste, és mesmo assim,
Não te esqueças de nós e tudo irá correr bem.
(a imagem é minha)
*beijinhos e beijinhos*
(...) doidos (...)
Mas eu ainda consigo ser pior que os dois juntos, porque vós acho imensa piada, e nem sei a qual acho mais.
*beijinhos*
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