Desapareci, fugi deste mundo, desta vida, corri para bem longe de ti, o mais longe que pode. Afastei-me de todas as recordações, das muitas memórias, das pequenas lembranças e tentei ignorar as saudades. Simplesmente fingi que não existias, nunca exististes e jámais virias a existir.
Abandonei tudo e todos, apenas por tua causa, foste a única coisa que me fez ir embora, pois és a única coisa que me faria ir, ir para qualquer lugar no mundo, desde que te tivesse lá à minha espera.
Isolei-me da humanidade, deixei de ter contacto com o resto do mundo, tudo para me privar de sequer pensar em ti. Passei a viver para mim, dentro do meu universo, comigo mesma, num mundo totalmente à parte, no meio do nada. Passaram-se dias, semanas, messes, e agora anos, tempo perdido, tempo sem fim, tempo que eu precisei.
Nesse mundo, não me atingias, não me afectavas, simplesmente não entravas e nem sequer tinha conhecimento da tua existência. Era um mundo mais do que isolado, era um escudo à prova de todo o teu ser, contra tudo aquilo que tu representas para o mundo e principalmente para mim. Naquele lugar, todo o teu encanto, o teu tipo de postura, a tua maneira de ser, os teus defeitos mais particulares e as qualidades especiais, tudo isso era proibido, até mesmo inexistente.
Nesse mundo eu teria paz, conseguiria deixar de me sentir presa, encorralada e por vezes perdida, completamente sozinha. Mas nem isso, nem nada no mundo, me levaria a esquecer quem foste para mim e quem és hoje, nada me faria apagar-te das minhas memórias, nada justificaria viver como se não te tivesse conhecido, como se não existisses por completo.
Não trocaria nenhum dos segundos em que pensei em ti ou estive contigo, não trocaria por nada. Simplesmente nunca te trocaria por quem ou o que quer que fosse. Valeste a pena.
*beijinhos da anti-social, como alguem em chama*
Vivo num mundo que não é o meu, quer dizer, vivo no meu mundo, que por sinal é só meu.
Algo fora da cruel realidade, à parte das tristezas e desilusões, falsidades e traições, sem inimigos e pessoas egoístas, sem dias nublados e chuvas devastadoras, onde a guerra nunca reinou e a paz já se enraizou de vez.
O Pai Natal existe e fada do dente nunca se esquece de vir, o coelho da Páscoa tem paciência para esconder ovos para todos, mas melhor ainda é o facto do real interesse das crianças não serem as prendas, mas sim a alegria de um dia especial, a companhia da família.
Os sorrisos são o menu do dia, a partilha é um habito comum, um lugar onde o lema todos iguais todos diferentes é melodia, a verdade é vista como única opção, não se entra em rotina, não se refila sem motivo ou com motivo, os gritos são apenas de alegria, as discussões são ilusões.
A vida vence a morte e a amizade anda de mão dado com o amor.
Existe apenas um grande senão, sou o único ser deste mundo, pelo menos que eu conheça, só eu acredito que se quisermos é possível viver assim, só eu luto por ser assim, só eu quero ser assim. Mesmo depois de algumas desilusões, mesmo que tudo me diga que não existe perfeição, mesmo que aparentemente o amor não vença, eu acredito.
Eu irei sempre acreditar que existe um lugar para mim, onde me vou sentir perfeita, onde vou poder dizer nós, falando da minha outra metade, um lugar onde poderei ser totalmente feliz, neste ou noutro mundo, existe e eu irei encontrar esse lugar.
*beijinhos*
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